Trombofilia na gestação: o que preciso saber sobre a condição?
Você já ouviu falar em trombofilia na gestação? O tromboembolismo é uma importante causa de mortalidade obstétrica – durante a gestação, as grávidas normais estão de cinco a dez vezes mais propensas a desenvolver eventos trombóticos. Esses riscos podem chegar a 30 vezes no puerpério, quando comparamos com mulheres não gestantes da mesma idade. Mas afinal, o que isso significa? É possível evitar?

A trombofilia é uma doença sanguínea que favorece a formação de coágulos no sangue, ela aumenta ainda mais a propensão da grávida de ter alguma trombose – é como se o sangue se tornasse mais grosso e espesso, facilitando o
desenvolvimento de trombose e trazendo riscos à gestação, já que causa a interrupção da passagem do fluxo sanguíneo.
Inchaço e dor assimétricas em uma das pernas são sintomas da trombose na gestação – por isso, ao notar os sinais, comunique o seu obstetra para que possa avaliar o caso, combinado?
Caso exista histórico pessoal ou familiar de trombose, AVC e aborto de repetição, a gestante também deve comunicar o médico para uma avaliação mais cuidadosa.
Quais são os riscos e como prevenir a condição?
Além de aumentar o risco de trombose na mãe, a trombofilia na gestação pode aumentar o riscos de aborto, óbito fetal, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, restrição de crescimento fetal e descolamento prematuro de placenta.
Alguns cuidados, como prevenir a obesidade e o sobrepeso, manter um estilo de vida ativo e uma alimentação saudável e a sua automedicação, podem ajudar.
Existe tratamento para trombofilia na gestação?
Sim, mas depende da gravidade da condição! Geralmente o tratamento é realizado com a aplicação de injeção diária anticoagulante, que possibilita uma gravidez mais segura – quando existe o diagnóstico prévio, a medicação pode ser administrada desde o início da gestação.
O SUS (Sistema Único de Saúde) deve fornecer gratuitamente os medicamentos para gestantes com diagnósticos de trombofilia e que tenham justificativa médica.
A trombofilia na gestação e o parto
Apesar dos riscos que a trombofilia na gestação traz, ainda não há evidências que estabeleçam o melhor manejo para o parto. O parto normal costuma ser aconselhado, já que permite menos sangramento, necessidades de intervenção e tempo menor de repouso.
O mais importante é que a gestante seja acompanhada por um ginecologista obstetra especialista em gravidez de risco, e faça um pré-natal rigoroso para avaliar possíveis complicações. Estamos à disposição para ajudar – agende uma consulta clicando aqui!
